!> !> Pulmão Cabeludo
Um ser que participa do Todo e tem saudade do tempo que não foi, mas sabe que um dia nele irá se desmanchar, e flutuar. Porquanto participo da sopa divina.


























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Antigo blog do pulmao




























Pulmão Cabeludo
Alea jacus est
sexta-feira, janeiro 31, 2003
Estou viajando, s� volto na quinta. At� l�, estou fora.
7:01 PM



Oi Pessoal

A a� galerinha amiga de Deus bambino!

� o seguinte patota v�ia. Hoje resolvi, seguindo o bom exemplo de alguns amigos, mudar radicalmente a minha postura perante o o meu blog. Definitivamente, cansei de minha xulice, de minha linguagem de baixo cal�o, mais apropriada a malouqueiros selvagens do que a um gentleman sutil e fresco como Pulm�o Cabeludo. Assim, postarei apenas textos dignos e bem polidos, de moral elevada, textos que minha minha fam�lia possa ler e aprovar - e em especial minha av�.

Portanto, meus amiguinhos, n�o usarei mais palavr�es, juro de p�s juntos. Jogarei de escanteio as obcenidades, cobrirei de cinzas as pornagrafias. O mais provavel � que, adotando tal procedimento, eu n�o consiga escrever mais nada. Bom, que seja. A partir de hoje farei tudo em nome da higiene e da boa educa��o.



6:40 PM


quarta-feira, janeiro 29, 2003
Jenipap�

- Gigol� soi jo
- Io no. E lei, lei �?
- B�fff! Je sui beacoup jacu.

1:24 AM


terça-feira, janeiro 28, 2003
Minha nossa!

Avisam-me que isso ou aquilo é questão de ponto de vista. Não sou caolho. Tenho dois pontos de vista, o da direita e o da esquerda. Mas ambos se confundem e eu vejo uma única tela. Maravilhosa tela. E você, meu amor, você está no meio do espelho da minha mente.

E bem no meio de sua deliciosa bucetinha carnavalesca estou eu sempre a sorrir. Bucetinha, buceta burlesca, histriônica buceta, com risos maliciosos e olhares esguios, quiabenta buceta, você me arrebenta. Eu te amo, e eu morro por ti.


9:21 PM



O mercado amanheceu nervoso

Para se viver bem, � necess�rio duas coisas: cautela e dinheiro. Em outras palavras, n�o � hora de se investir nos fundos DI. O ouro, que teve uma cota��o galopante ano passado, e que costuma ser a melhor op��o do investidor precavido, n�o � aconselhado aos pequenos investidores, devido �s tarifas relativas � transa��o e manuten��o do produto.

Eu particularmente, n�o recomendo t�tulos cambiais atrelados ao dolar. Afinal, o juros somado com o spread � um balde de �gua fria na cara dos empreendedores. O aumento de meo porcento na taxa de juros, se mantida por doze meses, significa uma �lcera de dois bilhos no or�amento.

O mercado brasileiro amanheceu nervoso nesta ter�a, j� meses que est� de mal-humor, acometido de estress. Alguns dizem que ele vai prucurar um bom analista. Enquanto n�o ocorre, o governo faz o que pode para acalm�-lo.

Segundo os entendidos, o mercado est� puto com a iminente guerra no golfo. Outros afirmam categoricamente que tudo n�o passa de um �dipo mal resolvido. Opini�es � parte, o fato � que o governo, a fim de acalm�-lo, resolveu deixar de fazer chupetinha, (pois o mercado t� t�o nervoso que nem sobe mais o menino), e partiu para outra t�cnica, modern�ssima, o sacrif�cio, queimando muitos dolares em um pequeno altar.


5:51 PM


sexta-feira, janeiro 24, 2003
Cláudia

No verão de noventa e sete belisquei a bunda de Cláudia. Ainda não sabia dos finíssimos prazeres da palmada. Da palmada bem dada, do jeito certo, com amor, com força certa, na hora exata, na medida. Era jovem e não sabia ainda o que era bom. Tempos depois, mais firme em meus propósitos, mais consciente de meus desejos, resolvi beliscar mais uma vez as nádegas firmes de Cláudia.

Foi assim, meus amigos, que conheci, na aurora da vida, o brilho ainda fosco da alegria marota, que mais tarde veio a ser o zênite luminoso da minha vil existência.

Ah! E pensar que tudo tudo come?ou com uma simples, uma simples beslicada na bunda de Cláudia. Cláudia dos olhos bovinos!



8:19 PM


quarta-feira, janeiro 22, 2003
.
O t�tulo diz que � extase. Para mim, � orgasmo. U-hu! Santa Teresa gostosa!
.



11:33 PM



Ferreira Gullar

Ferreira Gullar. Um dos maiores nomes da poesia brasileira. Da altura de um Drummond, talvez até maior: um metro e setenta e dois. Suas poesias, lindas. uma mistura de lambidas no cu, folhas de bananeiras, temporalidade e esvanescimento da memória. Peremptório, domina como ninguém a sutil arte dos adjetivos, sons, rimas, ritmos, coxas. Suas poesias causam esquisitas sensações no corpo. Algo como tremores, espasmos e devaneios.

Quem tem gosto por cinestesias, vai gostar. Dentre seus poemas, o melhor deles, sem dúvida, o poema: Sujo.


11:12 PM


terça-feira, janeiro 21, 2003
Ostracismo

S� depois fui refletir que ostras e mariscos s�o moluscos, t�o molusquentos como as lesmas. Contudo, e isto � ineg�vel, ostra � um treco saboroso. Bom mesmo. Com um lim�ozinho ent�o, a� que o tro�o fica bom. A consist�ncia mole de miolo de uva, realmente causa um certo desconforto na primeira mordida. Mas j� na segunda mordida, um novo paladar surge sobre os poros de nossa l�ngua. Sentimos na ostra um certo gosto muito ex�tico, um gosto de mar ao relento. Sim, ostra tem gosto de mar.

Mas o mais interessante mesmo, ao menos do ponto de vista est�tico, s�o mesmo os mariscos. Que a verdade seja dita, com�-los em p�blico � falta de educa��o, coisa de mal criado, sem vergonha. Nada mais lascivo, mais luxurioso, mais vulgar do que o marisco. E eu tive o descaramento de com�-los na frente sabe de quem? Da minha av�.

Diferencia-se pouca coisa o marisco macho do marisco f�ma. Embora ambos sejam praticamente identicos � "piriquita" feminina - e a� reside o constrangimento familiar - a f�mea tem uma camada vermelha intumescida, enquanto o macho seria como uma vagina p�lida, talvez a de uma virgem assustada com um falus enormis.


10:50 PM


sábado, janeiro 11, 2003
Uma pessoa

Eu, mais meu pai e os pe�es da fazenda. Todos no curral vacinando o gado. Ao longe chega um trator. Desce dele um sujeito estranho. Bigodinho. Um cinto cheio de balas com um trinta e oito. Para completar um Ray Bam. Entra no curral, comenta sobre Lula. � o capataz da fazenda ao lado, conhecido como ga�cho. Sua fama � de mentiroso. Diz que amansa mula. Mas todos al� sabem que amansar mula � para poucos.

8:13 PM



F�rias do barulho

Passarei uma semana inteira sem escrever no blog. Vou viajar. Desta vez, para Floripa. Espero me divertir muito. Muito mesmo. Explodir de me divertir. N�o aguentar nem andar de tanta divers�o, de tanto prazer, de tanta alegria. Essa � minha humilde expectativa.


8:07 PM



Sir Isaac Newton

N�o sou como aquele cara, que tinha como seu �nico Deus os document�rios televisivos, mas devo confessar que assisti recentemente um belo document�rio sobre Newton. Document�rio bom, bem equilibrado, com fofocas interessantes.

Newton foi um monstro sagrado, n�o resta d�vida, mas Newton n�o tinha amigo, coitado! Diz ainda o ducument�rio que Newton n�o tinha o menor senso de humor. Suas aulas eram muito criticadas pelos alunos, que n�o conseguiam entend�-lo. Pelo que consta os estudos hist�ricos, Newton desprezava a did�tica, o sabonete e as mulheres.

Morreu com mais de sessenta, virgem do pinto e talvez do cu. (N�o tem jeito, escrever palavr�o me � uma compuls�o)

7:52 PM



Born to bo wild

O cotovelo apoiado na janela do carro. Cigarrinho na boca. �culos escuro. Alta velocidade na estrada quase vazia. O vento soprando forte no cabelo. Velvet underground rolando no tape.

Ao lado, a garota dos meus sonhos.

Sem destino. Sem fim. Sem mem�ria.

- Vamos para onde baby?
- Vamos para onde a estrada nos levar.

I am so free. I am so tralal�.

7:37 PM


terça-feira, janeiro 07, 2003
Ulisses

Encerrei minha leitura de Ulisses, de Homero. �timo. Excelente. T�o bom quanto a Il�ada, talvez at� melhor. Sem d�vida um dos melhores livros que li na minha vida, e provavelmente um dos melhores livros j� publicados na face da terra, ao lado de Ardil 22, e a Moreninha, de Macedo.

At� agora, estou achando bem melhor que o outro Ulisses, o de Houaiss. O de Joyce estou para ler.


3:53 AM


segunda-feira, janeiro 06, 2003
Eles passar�o, eu passarinho.
12:54 PM



Dezessseis anos

Relendo meus posts, percebo cada vez mais que j� faz uns oito anos que tenho dezesseis anos, apesar plan�cie que avan�a em meu coro cabeludo.

2:50 AM



Fazenda

Estou indo para a fazenda de meu pai para ajud�-lo. Acho que ele tem que desmamar uns bezerros. Melhor assim. Da �ltima vez o "servi�o" era capar boi. Cortamos dezenas de sacos de bois na idade correspondente � adolesc�ncia dos humanos. � uma coisa horr�vel, d�i de se ver. � noite fiquei tendo pesadelos. Um monte de bois, chefiados por um minotauro, corriam atr�s de mim com fac�o na m�o para me capar.

Mas � verdade, vou � fazenda mesmo. S� volto na quinta feira. Quem sabe acontece alguma coisa interessante l�. Da� conto tudo para voc�s, amigas, tintin por tintin.

Por falar em contar coisas que aconteceu, estive na posse do Lula-l�. Tava muito louco. Mas n�o tenho tempo de contar agora. Depois eu conto.

Abra�os por tr�s

2:36 AM



Um post para todos e para ningu�m

�s vezes tenho vontade de escrever coisas muitos simples e banais. Mais simples e banais do que costumo escrever. Estou aqui em Pen�polis, duas horas e quarenta da noite. L� fora, fora do meu quarto, t� rolando a finzinho do anivers�rio de dezesseis anos meu irm�o. E eu aqui neste quarto, fechado, pensando sobre a vida.

Quer dizer, nunca penso exatamente sobre a vida. Penso ora numa coisa, ora noutra. Mas sempre fico muito desconfiado de mim mesmo. A pior coisa, talvez, seja o leitor que vive dentro de minha cabe�a. Quer dizer, � minha rela��o com meu texto e com meu blog.

Por exemplo, quer dizer, esta express�o "quer dizer" foi repetida at� exaust�o e...acaba tudo aqui, cansa, quero jogar este texto no lixo. Mas por que? � como se algu�m fosse obrigado a ler. Ou como se o leitor lesse apenas para me diminuir e torcer a cara e falar: "Que lixo, que porcaria, n�o gostei desta merda de blog, ou pior, n�o gostei do sujeito que o escreveu" Ou qualquer outra merda do tipo.

Agora s� de raiva, raiva n�o sei de qu�, de quem. Sim, raiva deste leitor est�pido, vou ficar escrevendo um monte. Assim, ele p�ra logo de ler a minha p�gina e nunca mais volta aqui. Caso contr�rio sair� da tela do computador um enorme bra�o que ir� socar-lhe a fussa.

Excomungo esse tipo de leitor. Odeio o leitor severo. � o pior que existe. Para mim a coisa � simples, muito simples mesmo. Voc� come�a a ler, se gostou, continua, se n�o gostou p�ra. Eu sou assim, tem v�rios posts de muita gente que uso o tal m�todo. Come�o a ler, fico entediado, e saio, dou o o fora. �s vezes a culpa nem � do post em si, muitas vezes, relendo algo que n�o tinha gostado na hora, passo a achar bom.

Hoje, principalmente neste post, em que escrevo em associa��o livre, n�o quero me preocupar com nada, com o portugu�s, com o alem�o, com piadinhas sem-gra�a, com intelectualismo de classe m�dia, cheia de pretens�es intelectuais, e humor "refinado". N�o. Quero o humor grosseiro. Ou qualquer outro tipo de humor.

Uma coisa engra�ada � imaginar a cara que cada pessoa faz ao escrever. Eu reparei em mim mesmo e percebi que estava com as sombrancelhas franzidas. Coisa besta. Ent�o, ent�o, ent�o. Ser� que � um desrespeito escrever um post enorme, gigantesco? Um desrespeito ao leitor? J� disse que n�o. S� algu�m com neurose brava l� algo que n�o gosta.

O m�ximo que pode acontecer �, sei l�, algum fen�meno bizarro. Uma culpa por n�o ter lido tudo - como se eu estivesse escrevendo para que leiam tudo. Ou sei l�. Uma curiosidade para saber o que vem depois.

Quem j� pensou em tirar os coment�rios do blog? Ent�o, t�i outra vez: o velho problema do leitor. E o leitor � sempre o problema. Tem muita coisa que eu escrevo e apenas eu gosto. Ser� que deveria publicar estas coisas?

Ou deveria preservar minha imagem? Fazer algo p�blico, POP? Ou deveria permear o texto com cita��es em latim "Jucus mundis est" ou em franc�s " Je suis beaucoup jacu", para agradar intelectual�ides baratos, cheios de "lirismo comedido" e "esclarecimento pol�tico", que se d�o o luxo de ser "politicamente incorretos", mas que, no fundo, chafurdam na merda infame da burrice auto-afirmativa, para, em seguida, ajoelhar e socar na goela a pica de um fil�sofo imundo como Clarck Kant.

Resumindo. A pergunta mais importante aqui �: se ningu�m me lesse, ser� que mesmo assim eu iria continuar escrevendo. E se ningu�m me lesse, escreveria eu as mesmas coisas que escrevo? Ou ser� que se eu disser que eu escrevo s� para mim, eu estaria mentindo?

Quero que todas essas perguntas v�o � merda. Eu s� tenho um objetivo na vida: ser feliz. Podem dar risada, podem cuspir, podem vomitar. Mas a verdade � essa. Eu s� quero � ser feliz.

E de fato sou muito feliz, fa�o parte de uma minoria muito privilegiada, dada minhas condi��es existenciais.

Mas sei l�. Estas quest�es muito vastas costumam inflar nosso saco. Ningu�m aguenta mais as quest�es gerais, universais, existenciais, etc. Morte, destino, import�ncia da biologia e cultura no comportamento e no pensamento, deus, Deus, emo��o, raz�o.

� por isso que eu olho o computador, ( pausa, neste momento estou pensando, n�o sei mais sobre o que escrever ). Essa coisa de colocar o par�nteses me fez lembrar da maioria das discuss�es de boteco, em que se abre um parenteses atr�s do outro. (Parenteses que n�o se fechar�o jamais

Neste instante meu esp�rito mudou. Cheguei at� a corregir uma frase, reestrurei a frase anterior para que ela ficasse melhor. �. Meu estado de esp�rito se alterou. Isso tudo me fez sentir saudade.

� muito gostoso sentir saudade. Tenho vinte e quatro anos. Mas s� comecei a sentir saudade agora. Antes n�o sentia saudade. Acho que � porque sou muito ansioso, e s� pensava no futuro. Agora minha alma conhece melhor o que � a saudade.

Tem muitas pessoas que eu gosto muito, mas est�o longe. Convivi com pessoas raras. Amigos e amigas com quem tive muitos momentos de alegria. Mas, talvez, s�o apenas momentos perdidos no passado. Apesar de muitas dessas pessoas continuarem vivas. Ex-namoradas, alguns amigos que n�o vejo mais. Essas coisas.

� a morte, essa grande inimiga, e paradoxalmente, grande amiga dos mortais. Ah! cansei. Cansei mesmo. Prefiro dormir.





1:51 AM




1:00 AM




12:48 AM


sábado, janeiro 04, 2003
Mente e corpo II

Cheguei a conclus�o que a alma existe e reside no c�rebro. Al�m disso, � indivis�vel. Sua subst�ncia: campo eletromagn�tico muito sutil.

Quando o corpo entra em fal�ncia, ela vai para outro corpo, geralmente o mais pr�ximo. Isso porque ela s� pode viver cerca de cinco segundos fora do corpo, assim como o corpo n�o pode ficar mais que alguns minutos sem oxig�nio.

� por isso que nem sempre as reencarna��es s�o t�o agrad�veis, pois a alma, sem o corpo, se desloca numa velocidade m�xima de 50 metros por segundo (almas leves), ao passo que a alma de um erudito vai no m�ximo a 20 por segundo.

Como se n�o bastasse, a alma s� pode reencarnar em um "embri�o rec�m nascido" -- no caso mais espec�fico dos humanos, o momento em que o espermatoz�ide se encontra com o �vulo. Da� o n�mero espantoso de reencarna��es mal-sucedidas e atrapalhadas.

"Meu filho, no desespero a gente � capaz de fazer qualquer coisa", disse-me certa vez meu amigo Pablo Barata, que louva o bicho-pregui�a acima de tudo. T� certo, Pablo, nenguin desesperado faz qualquer coisa. Foi o que aconteceu com Beethoven: no desespero, se viu obrigado a reencarnar no animal mais pr�ximo, uma Joaninha. Se arrependeu profundamente por ter recusado, no primeiro segundo, o embri�o do porco, que dizem, tem um orgasmo de vinte minutos.

"Vai! � isso que d� o excesso de ambi��o". J� dizia seu v�io Girulino: "Deixar o bom para ir atr�s do melhor � coisa de quem n�o tem o que fazer."

Um dos resultados mais tr�gicos deste processo � que muitas almas acabam morrendo terminantemente, a melhor express�o seria: afogadas pela falta do corpo.

Sem algu�m duvida do que estou falando, vem c�, que eu te encho de porrada. "Quem bate ensina. Quem apanha aprende" (cita��o de um dos carvoeiros mais bruto e violento do Mato Grosso de Sul, da regi�o de �gua Clara.)





4:11 PM



Astor Piazzolla

Piazzolla � bom mesmo. Antes de duvidar, escute Adios Nonino ou Tanguedia III, ou qualquer outra m�sica. Que a verdade seja dita: o cara manja de m�sica. � um animal. O cara sabe mesmo como organizar os sons. � mestre no arremesso de alma a dist�ncia. Arremessa-a a reinos de terr�vel beleza tr�gica, emocionante, tocante, sensual.

Tem gente que escuta m�sica como um t�cnico, ou como um analista de sistemas. Tem seu valor. Mas a m�sica � para se escutar e n�o para se ler. � mais ou menos como uma droga, que altera nossa consci�ncia. Atrav�s dela, acabamos por conhecer novas paisagens da mundo da nossa subjetividade, ou, talvez, a subjetividade de Deus, ou cora��o das coisas, ou sei l�: Schonberg confunde minha cabe�a.

E a escuta n�o � passiva, � ativa. A sensibilidade n�o � a mesma ao longo do dia. Tem horas que a gente t� mais sens�vel, outras que a gente t� menos. Treinar os ouvidos � bom. Muito bom.

Uma pedrinha quando lan�ada em um lago bem calmo, faz c�rculos de ondas que se expandem visivelmente. Mas em um mar tempestuoso, a pedrinha nem c�cega faz. Uma pessoa entupida de conflitos interiores, e emo��es negativas...deixa pra l�: se a gente fala de emo��o negativa o pessoal j� come�a a chiar.


2:15 PM



Uma homenagem

A vida � um susto. Mal nascemos e j� estamos com setenta anos. Assim, os mortais, ef�meros como as folhas, procuram preencher o tempo que separa o nada de antes da vida e o nada de depois da vida.

Alguns, mais est�pidos, fingem que s�o eternos. Outros, dada a mortalidade e finitude, choram pelo fato da vida n�o chegar a lugar nenhum. Outros gostam de discutir e discutir e dicutir sobre tradu��o e outros feitos do intelecto.

Mas sempre haver� mulheres despostas ao prazer puro e simples. Logo abaixo vai uma homenagem a estas maravilhosas mulheres que por algum estranho motivo amam o prazer.

Conhe�o apenas duas das mulheres abaixo, ali�s, foi uma delas que me enviou: � a que est� mais embaixo. A outra n�o est� presente na foto, estava bebendo �gua no momento em que a foto foi tirada. Uma pena. D� pr�xima vez ela disse que ia me chamar. N�o sei, acho que vou.



2:05 PM







1:41 PM


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