Um ser que participa do Todo e tem saudade do tempo que não foi, mas sabe que um dia nele irá se desmanchar, e flutuar. Porquanto participo da sopa divina.
O ateísmo de Nietzsche merece mais consideração. É um ateísmo heróico. Pretende valorizar a vida, apesar de sua infinita nulidade.
O que me parece é que o único heroísmo é dançar na escada rolante, quando esta desemboca no Habibs. Não sei de Nietzsche ter feito isso nem de ter se travestido na trincheira. Pelo contrário, ficou isto sim delirando potências na enfermaria, com roupinha de enfermeira do biscate do funk, pagando boquete e limpando a sujeira com o bigode, o que, é verdade, não deixa de ser ato um tanto heróico.