Um ser que participa do Todo e tem saudade do tempo que não foi, mas sabe que um dia nele irá se desmanchar, e flutuar. Porquanto participo da sopa divina.
Encontrei ontem no recreio do jardim, uma fada. Uma fada linda, linda, linda. Fiquei olhando a fada. E ela ficou fadando para mim. Daí, passado um tempo, nós fomos para longe, para muito longe, num lugar que eu acho que ninguém nunca foi.
Aí eu disse para fada:
- Às vezes eu acredito que quando a gente olha para a Lua, a gente se torna um pouco a Lua.
- Bobinho, porque você fica pensando nessas coisas.
- Às vezes eu acredito que se a gente consegue ver o Sol, é porque há um pouco de Sol no nosso olho.
- Bobinho, desencana.
- Às vezes eu fico pensando que o sentimento de eu nada mais é que um feixe de sensaçõess.
- Que isso! Vem cá e me ama no chão. Quero ser sua. Quero ser sua cadela, sua escrava, quero até mesmo o sofrimento, se esse sofrimento provier por você, pode me comer do jeito que você quiser, pode fazer o que você achar melhor. Pode me bater, pode me chicotear, pode me amarrar, me estuprar, me maltratar. Pode enfiar seu membro na minha boca que eu o chuparei olhando para seus lindos olhos.
- Vai tomar no cu! Sua cadela biscate! Eu estou falando um monte de coisa importante e você, sua fada vadia, só fica falando em foda. Puta que pariu, meu! Cansei, já que você não quer conversa, vem cá. Tira a roupa que eu quero comer esse seu corpo perfeito. Você vai ter o que quer.
6:13 AM