!> !> Pulmão Cabeludo
Um ser que participa do Todo e tem saudade do tempo que não foi, mas sabe que um dia nele irá se desmanchar, e flutuar. Porquanto participo da sopa divina.


























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Pulmão Cabeludo
Alea jacus est
quarta-feira, junho 30, 2004
"Wunderblogs ativar!"

Em breve haverá lançamento do livro dos wunderblogs. Os cavalheiros e as damas esperam ansiosos pelo lançamento. Não exagero: no dia 5 de julho inaugura-se uma nova fase na literatura brasileira.

O post, célula formadora do blog, não pode ser categorizada nem como crônica, nem como poesia, nem como material de confissão . Sua essência é a liberdade. O post pode ser uma frase, um verso, uma genuflexão, pode contar com figura, pode ser uma única figura.

O post tem uma liberdade sem par na história da literatura, da arte, ou da comunicação. Não precisa de uma filosofia que o justifique tal como a arte pós-moderna. Essa liberdade também desfruta o próprio blogueiro. Compara-se a um jornalista dono de seu próprio jornal. Isso por uma razão simples: o baixo custo econômico de manutenção de sua página na Internet.

O resultado é que o blog tem o rabo liberto dos punhos daquele leitor que costuma ficar bem no meio da gaussiana. E não é por acaso. Esse ser medíocre por excelência representa o leitor ideal dos meios de comunicação em geral, o jornal tem a obrigação agradar para não falir. Já o blog pode ter o prazer ou o luxo de vir a agradar, mas nunca a obrigação, eis uma das grandes diferenças.

Dessa falta de comprometimento e de obrigação segue que o blog torna-se uma das expressões máximas do homem contemporâneo, do indivíduo, no sentido forte do termo. Dentro de um blog, encontramos o ser humano com suas particularidades, debatendo com a mídia, com seu mundo. E outras vezes abandonando o mundo e mídia para apenas dar risada e viver bem, no espírito da bossa-nova, leve, risonha e feliz, pois como bem sabem os wunderblogs, o indivíduo é mais do que um coágulo ideológico.

E não se encontra entre eles, como acreditam os jumentos, uma uniformidade de idéias, de gostos, de posições políticas, de assuntos, de tonalidade emocional. O que os une são uma afinidade muito sutil que não consigo entender direito.

Quando a criatura humana, tempos atrás, em um belo dia de sol, provou do fruto proibido, descobriu a diferença entre o bem e mal. Desde então existem comidas boas e ruins, livros bons e ruins, músicas boas e ruins. Da mesma forma são os blogs. Por não se prender a nenhuma forma pré-estabelecida, a nenhum cânone, o blog está para seu escritor assim como a árvore está para a fruta, ou a comida para o cozinheiro. Uma árvore ressecada não dá frutos.

Mas lembremos: comendo a fruta não se deduz o sabor da árvore, da mesma maneira que, ao se comer o cozinheiro, não se adivinha o sabor de sua comida. Mas sem a árvore não haveria a fruta, e sem a fruta o cozinheiro. Enrolei-me, passemos adiante.

Segunda feira haverá a inauguração do livro dos wunderblogs e um novo tempo na história da literatura. Imagino daqui a cem anos nas salas de cursinho. Continuarão ensinando Alexandre Herculano, e referindo ao seu estilo como "solene". Mas acrescentarão nas apostilas os wunder, como os patriarcas de um novo gênero, o post. Serão também os arautos de um novo mundo, de uma exitência mais feliz e melhor, com menos rancor e mais amor.

Eis:

wunderblogs




9:12 PM


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