!> !> Pulmão Cabeludo
Um ser que participa do Todo e tem saudade do tempo que não foi, mas sabe que um dia nele irá se desmanchar, e flutuar. Porquanto participo da sopa divina.


























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Pulmão Cabeludo
Alea jacus est
segunda-feira, setembro 30, 2002
At� Quando?

N�o � poss�vel que toda manh�, s� por causa dos vemes amigos que corroem as vilosidades cerebrais e assim nos tornam mais int�mos do nirvana, eu tenha que repetir mais de quatro vezes frases que n�o apenas desacredito como tamb�m abomino. Resta, portanto, considerar um n�mero finito de princ�pios, de prefer�ncia um �nico, para em seguida sair pregando que tudo pode se transformar em qualquer coisa, homem em mulher, mulher em sapato, sapato em meia, e meia em cu, cu em boca.

10:34 AM


domingo, setembro 29, 2002
Shakespeare � o melhor dos escritores

A obra de Shakespeare � t�o boa que se tomarmos qualquer uma de suas frases isoladamente, poder�amos, sem d�vida, us�-la como cita��o.

Coisa gozada: todos os seus personagens falam muito bem, t�o bem quanto o pr�prio autor. �bvio que Shakespeare, neste aspecto em particular, n�o pretende retratar a realidade tal qual esta se apresenta, sob a corrup��o dos sentidos. �, outrossim, sobre realidade essencial mesma, seguindo os bons conselhos da Po�tica de Arist�teles, que ele deita seu olhar. Anseia, como esp�rito superior que �, ao universal, e explora todos os meandros da condi��o humana: o destino, a morte, o ber�o, as paix�es, a honra, a verdade (n�o digo sinceridade, pois este conceito plebeu � indigno de cr�dito) a falsidade, a moral. N�o se det�m em mostrar, como muitos realistas, o particular, a pura idiossincrasia desnecess�ria. N�o fica como o ultra-realista Kundera, a explanar profundamente sobre a bosta. Em William, n�o h� espa�o para isso: nenhuma das suas personagens tem, por exemplo, mania de co�ar o nariz.

Pelo contr�rio, elas s�o como que representa��es corporificadas de atributos essenciais. O autor exagera, � fato, mas exagera para tornar apreens�veis certas qualidades que tamb�m carregamos em n�s, embora em menor grau e, portanto, menos percept�vel ao olhar da consci�ncia, sempre � inviesado e torto.

E n�o � preciso que um Freud venha enunciar - isto sempre foi sabido pelos homens de cultura - este olhar da consci�ncia sempre v� o mundo atrav�s dos �culos da paix�o, �culos que a pr�pria consci�ncia, devido ao longo h�bito, n�o se percebe usando, at� que um dia ela se v�, para seu susto, refletida no espelho. E este espelho � justamente a pr�pria pe�a shakeasperiana.

1:01 PM



Introje��o

Ontem, atrav�s de duros esfor�os e um pouco de engenho, finalmente consegui introduzir uma pequena bucetinha na regi�o dorsal de minha cabe�a. Torno-me portanto o primeiro mortal a ter uma buceta introjetada na cabe�a. A buceta, quando introjetada em meio a massa cinzenta, conta-nos sobre muitas coisas da terra e do c�u. Sua voz doce sempre diz o que � melhor. Suas sugest�es s�o sempre magn�ficas, grandiosas e, contudo, simples. � como a �gua para aqueles que sede tem.

O que a buceta vem tentando me convencer � que o meu eu � uma mentira que eu mesmo criei. Mas o problema n�o se resume em ser apenas uma mentira, mas uma mentira ruim. Assim, ela me prop�e que me entregue difinitivamente aos seus bra�os e lamba seu clit�ris, em troca, a esperta promete-me de p� juntos que me dar� um novo mundo, multicolorido e mais rico de espiritualidade viril. Al�m de que a Terra ser� confort�vel e amiga, pr�pria para todas as esp�cies de devaneios.

A proposta � boa, e a cada dia que passa, quando sinto o mel silvestre ro�ando a l�ngua, quero me entregar de uma vez a ela. Nunca me entreguei a ningu�m na minha vida, n�o sou t�o bobo a esse ponto. Mas ela...ela...ah ela...sei l�. Acho que n�o vou suportar. Para qu� suportar? Vai l� Savi�o! Pra que isso bicho!?

12:57 PM


sábado, setembro 21, 2002
Porcos, Poesias e Porras

Faz parte do senso comum pensar que os porcos s�o apenas criaturas sujas e porcas. Mas uma vez a ci�ncia vem para arruinar todas as supersti��es referentes a este feliz animal.
Ora, a cada dia que passa, a ci�ncia v�m nos assombrando, ao mostrar que os su�nos s�o hedonistas natos. Gozam a vida adoidado, como nenhum outro animal. N�o vivem, como n�s, a mis�ria sexual. Seus orgasmos s�o fort�ssimos, e duram cerca vinte minutos. E ainda se divertem chafurdando na lama.

Algo de gerar inveja mesmo em um homem rico, jovem e solteiro.

� certos que os invejosos n�o tardariam em argumentar que alimenta��o su�nos, por ser constitu�da sobretudo de lavagem, seria um grande pesar para os mesmos. Nada mais enganoso. �queles que j� tiveram a oportunidade de ver um porco comendo n�o � necess�rio muita explica��o. Algo chocante, sentem extremo prazer com cada mastigada, parece que est�o comendo vegetal ambr�sia. Tudo bem concordo. Neste ponto em particular, sou for�ado a concordar: n�o se diferem muito daqueles que sentem grande prazer assistindo MTV ou escutando r�dios populares.

Mas, em termos de prazer, ningu�m se compara aos porcos, ou sequer chega perto, nem mesmo o bicho pregui�a, que muitas vezes sofre de um t�dio m�rbido. At� onde fui informado, a neurose � um voc�bulo completamene alheio aos su�nos. E complexo de �dipo � coisa de humanos e ratos (como afirmou certa vez um professor).

Resta-nos pouco a fazer em vista da inevit�vel superioridade destes animais. Resta, talvez, nos consolarmos comendo uma pururuca, prova concreta de nossa superioridade b�lica. Ou talvez, rezarmos para, na pr�xima encarna��o, nascermos leit�es.
Por�m os porcos n�o t�m poesia.
� justo.
E a maioria da humanidade tamb�m.
Logo a maoria da humanidade s�o como porcos? Ou pior?

12:15 PM


sábado, setembro 14, 2002
Observa��o

T� foda entrar nos blogs dos meus antigos companheiros da debilblogger. Puta que pariu, � duas horas para entrar em cada blog. Pior que abaixar m�sica na internet. Mas acredito: o pior deve ser postar.

10:39 PM



Do Instinto de Morte e da Feijoada

N�o tenho muitas certezas, mas que a feijoada que comi hoje no almo�o elevou meu Q.I a um n�vel pouco maior que um vegetal, disso tenho certeza. Talvez seja s� uma forma muito sutil e especial de intelig�ncia su�na.

E ainda sou obrigado a escutar que drogas � que � o grande vil�o! Freud escreveu toda sua obra enquanto cheirava coca. Feijoada que � o grande mal. S� proporciona um prazer fugaz, estomacal, seguido de forte depress�o e pensamentos suicidas. Por que fiz isso meu Deus? � como se houvesse apenas graxa na sinapse.

Talvez o melhor seja aceitar minha atual condi��o e esperar me tornar inteligente como J� Soares.

Depois da feijoada, muito debilitado, consegui ter uma id�ia que n�o o suic�dio: ir � locadora. Nisto, passei na farm�cia para comprar algum digestivo. Aproveitei para medir minha massa. Havia emagrecido dois quilos.

A �nica hip�tese plaus�vel � que a digest�o da feijoada exige o dobro da energia que a pr�pria feijoada pode nos oferecer. Logo, se quiser emagrecer, coma feijoada e evite produtos diet ( � cient�fico: quase todas as pessoas que fazem uso de produtos diet s�o gordas). Al�m disso, a feijoada (falo da feijoada �da boa�, com orelha de tudo), se ingerida em grandes quantias, estraga o est�mago: n�o se consegue comer nada durante uma semana.

Quero ver se ju�zos sint�ticos a priori seriam poss�veis para Kant se a feijoada fosse a base de sua alimenta��o.

Conclus�o: n�o � � toa que a alimenta��o � algo t�o importante para tantas culturas. Afinal ela condiciona os pensamentos e o estado de esp�rito.

Lembra-me Millor: Feijoada completa � aquela que vem com ambul�ncia.

10:36 PM


quinta-feira, setembro 12, 2002
Perguntas e respostas potenciais

Ser�o poss�veis ju�zos sint�ticos a priori?

At� o onde eu sei, Tiago � aquele que tudo sabe.
O Ciro � o centro do universo.
E eu sou dono de tudo.

Ouvi dizer que o Santo Agostinho est� respondendo a todas as perguntas. Que bom. Tenho um punhado.

Ser�o poss�veis ju�zos sint�ticos a priori?

Existe algo que n�o � nem pensamento e muito menos apar�ncia?

Se existe, existe pois um meio de acesso?

� cognosc�vel?

� imperec�vel?

Ao menos recicl�vel?


9:51 PM



Estoritofrangalhume

Jo�o nasceu em uma cama de hospital. As paredes do hospital eram limpas. Havia um cheiro de assepsia no ar. Vinte anos depois eu j� estava estirado, drogado, sobre o banco da pra�a. Era carnaval, e havia tomado um porre de Martini.

- Puta que pariu, a Rita � muito gostosa.
- Tem o corpo perfeito. Comeria ela dia e noite.

Tinha uns quinze. E nome Rita n�o foi posto aqui por acaso. Rita era o nome do primeiro amor de que me lembro, eu devia ter uns oito anos. Nunca fiquei com Rita em minha vida. Mudei-me da cidade grande. Nunca haveria de fazer coisas com Rita. E tinha muita vontade de fazer coisas com ela.

- O P.T. � bom.
- Sim. � bom.
- � o partido dos trabalhadores.
- Sim. O povo trabalha.
Parece uma conversa de esquizofr�nico. N�o que o PFL seja bom. Mas que pol�tica � algo muito desanimador.
- Voc� n�o � engajado.
- N�o, nem um pouco. Na verdade sou. Engajado no meu pr�prio umbigo.

- O quadro apresenta uma harmonia espont�nea. As fortes pinceladas propiciam um aspecto din�mico, como se a tela estivesse viva, dando a express�o de um eterno devir que faz ressoar no bojo da alma do observador, que se det�m na contempla��o. Efeito parecido com a chama de uma vela, que parece estar parada, mas nunca realmente est�. As cores s�o fortes, primitivas, e se interpenetram, formando uma variada gama de possibilidades expressivas, que, n�o obstante, est�o sob o jugo de n�cleo centralizador que as sustentam e lhe garantem seu lugar no espa�o. Retirando-se um �nico ponto, observar-se-ia que a fr�gil estabilidade deste dinamismo equilibrado sumiria.
- Enfia o quadro no cu.

- Deus. Damos risada de Deus.
- Na porta do c�u, est� Cristo de quatro. E s� chegar enrabar, e a�, em troca, ele deixa entrar. Por isso n�o tenho o menor medo. S� eu teria coragem de comer aquele cu peludo e sujo.
- O inferno � ter que comer a m�e todo dia.

Troca o falante, algu�m que nunca entrou entra:

- Voc�s falam s� baboseiras. Querer criticar Deus � querer tornar-se Deus. � criticar o que h� de melhor em mesmo.

Nisso, come�a uma briga no local. O cara que tinha xingado Deus come�a a dar porrada, senta um puta dum murro na cara do cara que veio defender Deus. Este �ltimo se defende, pega uma cadeira que estava ao lado e arremessa sobe um dos hereges, que neste instante come�a a sangrar.
A briga continua, briga feia, soco pra tudo quanto � lado. Mas como era dois contra um, o dois acaba ganhando. Ao final, est� o defensor de Deus jogado no ch�o, suas m�os seguradas contra o azulejo, um joelho sobre a barriga pressionando-o. Olha para o lado e v� um dos caras na posi��o de que vai dar uma bicuda na cara, ou no saco. Da� eles perguntam:
- Quem est� com a raz�o?
- Voc�s!
- Pede �gua.
- �gua.
- Diz que sua m�e est� na zona.
- Ela est� na zona.
Bicudo.
- Diz por inteiro.
- Minha m�e est� na zona.
- V� se ele fez figuinhas!
- Ele fez.
Bicudo.
- Diz e, se fizer figuinhas, leva outro bicudo.
- Minha m�e est� na zona.
- Diz que Deus � viado.
- Deus � viado.

Isso aconteceu numa sala, j� faz tempo. Ap�s maltratarem o cara que acreditava em Deus, deixaram-no partir todo estrupiado, mancando. Mas da esquina, antes de ir embora, ele gritou:
- Voc�s v�o para o inferno - e saiu correndo no pau.

Fim da est�ria.

Parte Dois da est�ria.

O homem que entrou tinha a op��o de n�o entrar e n�o se intrometer na conversa. Se o tivesse feito, n�o teria apanhado.
Os dois homens que bateram nele foram para o c�u. E n�o foi � toa. Ao chegarem l�, encontraram Cristo, com seu cu magro. E tiveram coragem de com�-lo. No c�u era cheio de psicanalistas e, portanto, poderia ser removida a dor moral de t�o vil a��o, ap�s uns seiscentos anos de an�lise quatro vezes por semana.

9:41 PM



Confiss�es

Acreditei em papai Noel at� cerca de seis anos. Teria posto de lado a crendice antes, se n�o fosse a engenhosidade da arma��o que os adultos que me cercavam elaboraram. S� mais tarde desvelei a arma��o: um jovem de dezenove anos, filho de um dos casais presentes na festa, escalara o pr�dio, entrando pela sacada do primeiro andar, o local da festa.

No caso do comunismo foi um pouco diferente. Contava quatorze quando larguei o esta supersti��o. Um pouco antes disso, a professora de hist�ria havia exigido a execu��o de um trabalho. Pediu que entrevistasse um pobre e um burgu�s por meio de uma mesma pergunta. Qual seria a pergunta? N�o poderia ser outra: �O que voc� pensa sobre todas as pessoas ganharem igual quantia?� Sim, bom, muito bom respondeu o pobre.

O rico apenas olhou meio de lado e sorriu com desd�m para a crian�ada. Se tal possibilidade se concretizasse, disse ele, n�o haveria concorr�ncia. Portanto, n�o.

N�o compreendi todo alcance de sua resposta. Fui jogar v�deo-game. Era melhor do que ficar pensando no significado disso �concorr�ncia�. Para ser sincero, n�o dei muita bola para a for�a de sua resposta. Para mim ele estava era fugindo da raia.
Sorrindo enquanto tremia nervoso por dentro.

Era bem moleque na �poca, n�o pensava de modo t�o �sofisticado� como penso hoje. O quero dizer � (como ser claro?) que n�o pensava como um comunista rigidamente definido. A mais pura verdade � que eu era mesmo � baita dum cat�lico apost�lico romano, quase descambando para coroinha.

Perdoem-me. Foi at� os quatorze. Quinze estourando. Mas n�o vamos fazer deste blog um confession�rio moderno. Todos aqui j� foram algum dia idiotas, fizeram cagadas, pensaram idiotices.

Rebolaram na frente de uma pequena multid�o. E penso, a idiotia ainda persiste. Incluo-me nesta �ltima categoria. Mas se hoje fa�o besteiras, n�o fa�o sem consentimento de uma minoria: sujeitos muito honestos que riem e zombam de minha merda, por vezes bem talhada. O fino trato da merda.

Mas isso � hoje em dia. Antes n�o era assim. Era um pouco diferente. Tinha s� potencial, uma semente esperando por �gua. N�o veio �gua. Veio mijo. Mas serve.

Uma a uma, minhas cren�as foram se perdendo.
Uma a uma, minhas esperan�as foram se apagando.
Uma a uma, minhas ilus�es foram se mostrando verdadeiras bolhas de sab�o.

O catolicismo ruiu, se fez p� e sumiu. Deus tornou-se, ap�s algumas noites de perdidas l�grimas adolescentes, mais um motivo de risada, ou como gosta um certo amigo meu: �motivo de chacota�. O que me imaginava sendo em um futuro t�o distante, n�o fui. N�o fui sequer metade do que me imaginava sendo.

O conceito de verdade, �ltimo baluarte deste imp�rio de lego, foi destru�da a marretadas impiedosas daquele cujo bigode me fascinara: Nietzsche. Restou da verdade apenas uma m�sera frase �A verdade � uma mentira que n�o pode ser refutada�.

Sei l� se essa frase � verdadeira. Em todo caso n�o quero confus�o, retiro-me do ambiente, vou para meu quarto, falou galera.

Voc� pensa que � assim que se age, como uma galinha?

Tornei-me um niilista. A configura��o dos �tomos da alma se despeda�a como vaso de porcelana. Logo, besteira pura sair por a� se �aperfei�oando�.
- Vai se aperfei�oar no inferno!

9:27 PM


quarta-feira, setembro 11, 2002
Verdade

Atualmente se entende a verdade como uma cren�a justificada.

8:17 PM



Imagin�rio

O que � �, o que n�o � n�o �.

� o que? N�o � o que?
Com esta simples pergunta, Plat�o demonta Parm�nides.

De outra forma:

O movimento � movimento.
O movimento n�o � repouso.

8:15 PM



Moda
� moda nos Estados Unidos deixar a calcinha aparecer. Meu Deus! Como eles s�o superiores! Tanto, que a moda j� come�ou a ser imitada no Brasil. A reportagem diz que a moda se originou com as namoradas dos skatistas. Mulheres imitando homens? Deve ser algumas pertencentes �quelas que se pode dizer: "segundo sexo".
Porra, o neg�cio � saia. Nada deixa a mulher mais bonita. Se fosse mais homem, s� usaria saia, que embeleza e refresca.

7:53 PM




7:49 PM


terça-feira, setembro 10, 2002
O que � �. O que n�o � n�o �
8:52 PM



Voto

A verdade � que n�o vou votar. Vou justificar. N�o pretendo viajar a Pen�polis para votar, nenhum pol�tico est� disposto a bancar a viagem. Da� o meu interesse quase nulo pela elei��o. Mera decis�o pragm�tica. Caso algum pol�tico se prontifique a financiar minha viagem, bem, � outra hist�ria.

8:41 PM



Escrevendo

Escrever � coisa dif�cil
Primeiro: n�o se tem do que falar.
Ent�o j� devo come�ar pedindo desculpas

Antes achava que muito
Muito ainda havia a ser dito
Hoje, de barriga cheia, apenas durmo,
E lamento n�o ter o que dizer.

Mas se quiser saber,
Saber da minha da verdade,
Posso lhe contar.

Se n�o quiser saber,
Tamb�m posso te contar:
Eu nasci em 78.

Fui estimulado desde o ber�o
Fui nutrido, estudado, documentado, amado.
De cabelo penteado e dente escovado

Nisso, penso, sou igual a voc�.
Gosto de m�sica como voc�
Sou muito parecido com voc�.
Mas...n�o diga palavra.
Pequenas diferen�as � o que lhe interessa

Na verdade at� hoje estou a pensar
Se � isso mesmo que te interessa
Ou se alguma outra coisa
Eterna outra coisa

Cada vez tenho maiores certezas,
Penso que o tato � mais forte dos sentidos,
O tato me desconcentra, lan�a-me para fora de mim.
Por isso dissolvo-me, me perco, no colo da mulher que tanto quero bem,
L� � quente, gostoso, repousante,
Desejo que ela seja bem feliz
E que tenha bons sonhos
Mas vezes h� em que ela acorda
Gritando no meio da noite
Irei abra��-la. E mostrar que estou ao seu lado.
Para que se levante feliz.

E venha toda contente me beijar,
Escuto, na esquina, a voz surda de um velho rabugento,
Por sua vida particular, besta, tonta, n�o interessamos,
Queremos dar risadas.

Chego perto do velho
Ele est� deitado
Seus ossos fr�geis como isopor
Abro a braguilha
Mijo no velho.
E o contamino com meu veneno.

At� hoje nunca fui culpado.
S� uma vez.
Que a punheta me fez pecar,
Olhando pelo buraquinho do banheiro
O buraquinho da empregada.

Certa vez um �ndio lan�ou uma flecha no c�u
Que se cravou sobre a ab�bada
E lan�ou outra que se cravou na traseira da flecha anterior
At� que tantas flechas havia, enfileiradas,
Que subiu ao c�u e virou lua

N�o acredito na est�ria
A lua � dura
E apenas permanece l�

Que chato!

8:38 PM


sábado, setembro 07, 2002
Olha s�

Dizem que um pouco de nervos�smo faz bem para pele. Acredito. Tenho a pele boa. Realmente n�o � cient�fico em estrito senso. Mas e da�? N�o � porque n�o � cient�fico que deixa de ser verdadeiro.

N�o irei mais argumentar a afirmativa supracitada. Digo apenas que cada dia que passa, presto mais aten��o em meus sonhos, e, ao acordar vou sondando na mem�ria aquelas situa��es estranhas e esvanecentes que, por alguma raz�o, minha alma me fez passar.

Mas os meus sonhos s� ir�o come�ar a fazer sentido para mim l� pelas seis da tarde, momento em que estes come�am, com uma eloq��ncia assustadora, a me contar muitas coisas do meu interesse. De forma geral, os meus sonhos s�o um espelho simb�lico do meu estado de esp�rito. N�o quero afirmar que isso seja certo para todo mundo, nunca entrei na alma de outra pessoa para saber, mas para mim � assim.

Exemplo. Geralmente quando sonho que estou sendo perseguido, tamb�m me sinto perseguido durante a vig�lia. Longe de se pensar que seja aquela persegui��o estereotipada, de paran�ico. Mas uma persegui��o. Estou fazendo esfor�o para fugir de algo. J� passei semanas sonhando, dia ap�s outro, com toda a sorte de animais me perseguindo. No per�odo me sentia assim.
J� tamb�m tive in�meros sonhos esdr�xulos com mulheres deformadas, que tinham bucetas de onde sa�am enormes quantidades de um certo p� branco, e mulheres peladas, descarnadas da cintura para cima, com coluna vertebral de grafite. Em alguns eu chegava a transar com elas.

Pena que n�o sonho mais que estou voando bem alto, com leveza e sem esfor�o. As �ltimas vezes que sonhei era um voar baixinho, rasteiro, esfor�ado - tinha que bater os bra�os com for�a para me manter suspenso. Assim que descobria que era capaz de voar, ficava maravilhado e adivinha o que fazia logo depois: ia correndo para mostrar aos outros que era capaz de voar( evid�ncias do esp�rito Z� Cadela).

Comecei, como estava dizendo, a voar cada vez mais baixo. O �ltimo era nadando-voando no asfalto da estrada, que tinha outro tipo de consist�ncia, uma que permitia tal ato.

O pior � que � s�rio. Atualmente, meus sonhos andam melhorando, est�o se tornando mais agrad�veis. Penso ser resultado de minha recente amizade de mim por mim mesmo. Estou cansado de me espacandar para ver se tomo jeito na vida. J� vi que n�o tem jeito mesmo. Agora � tempo de conc�rdia.

Por isso mando hoje uma mensagem de paz e esperan�a a todos aqueles que tem pesadelos.

5:03 PM


sexta-feira, setembro 06, 2002
Minority Report

Assisti j� faz alguns dias ao �ltimo filme do judeu. Impressionou-me a vida que levava aqueles cognitivos boiando na banheira. Deus me livre de viver assim! Sei que tem o lado bom. A �gua � morna. N�o tem que levantar para ir beber �gua nem comer. E ainda tomam no pesco�o inje��es de seretonina da boa e outros subst�ncias mui prazerosas. Mas prefiro ficar na minha hidromassagem e usar drogas apenas quando me apetece.

Uma coisa interessante no filme � a quantidade de assuntos de que consegue tratar. Tem-se o estere�tipo do criador obcecado por sua cria��o, na medida em que esta lhe proporciona gl�ria e poder. O sujeito � capaz de fazer verdadeiras barbaridades tais como tentar assassinar o Tom Cruise, no papel de um pobre policial que apesar de ludibriado, era no fundo um homem bom e honesto, que recebeu da vida pedradas e flechadas de um destino cruel.

O filme retrata as emo��es com profundidade e simplicidade. N�o � preciso esfor�o nenhum para encontrar no enredo a nata do pensamento psicanal�tico. Tom Cruise, incapaz de elaborar de forma saud�vel o luto relativo a seu banbino, acaba por fazer uso indevido de defesas man�acas, assistindo, totalmente drogado, a v�deos de produ��o caseira de qualidade duvidosa. E exterminando o mal pelas ruas numa forma de vingan�a esp�ria.

Coitado. Fora enganado pelo seu chefe: um lobo vestido de ovelha. (Apocal�pse de S�o Jo�o)
E ficou muito claro:
S� se peca por ignor�ncia.(S�crates)

Um outro aspecto do filme � de cunho mais filos�fico.
A exist�ncia de cognitivos capazes de previs�o muito precisa incita-nos a pensar que umas das proposi��es centrais do filme � a nega��o da exist�ncia do l�vre-arb�trio. Ou, se existe, existe em doses min�sculas, desprez�veis. Mas seria quase um pecado extrair tal ensinamento do filme. Sabemos que Spielberg inseriu o determinismo com l�grimas nos olhos, totalmente contra sua vontade.

Ora, ele n�o teve escolha.
Com o livre arb�trio o filme mesmo n�o seria imposs�vel. E sem o filme o nosso cineasta n�o poderia denunciar os riscos a que estamos sujeitos quando pessoas gananciosas e imorais est�o no poder.

Em vista de minhas reflex�es anteriores, poder-se-ia julgar que n�o apreciei permanecer sentado numa confort�vel poltrona do cinema durante cerca de duas horas. N�o. N�o. N�o. Gostei muito do filme. Pisei mais leve no estacionamento do Shoping, com o esp�rito mais...como dizer...exuberante. Senti no fundo de meu cora��o um sentimento raro. Um sentimento de que n�o joguei meu tempo fora (como geralmente me sinto a maior parte do dia quando, quando n�o estou, sei l�, a amar).

3:07 AM


quinta-feira, setembro 05, 2002

5:14 AM



Filme
Gostaria de fazer um filme sobre as coisas do passado que de repente pulam para o presente.
Chamaria "Carni�a Tr�mula".

4:58 AM



Abra�os
Queria mandar um abra�o apertado para todos aqueles que me l�em ou que ao menos passam o olho. Saibam que escrevo com o cora��o tudo aquilo que n�o penso, mas que sinto. E este blog � para mim mais importante do que eu mesmo. Pois carrega tudo do que h� de melhor em mim. E tamb�m o que h� de pior.

4:09 AM



Universo
N�o vejo nenhum problema em o universo ter come�ado sem uma causa. Simplesmente um dia come�ou. Uma origem sem um originador. � de fato um contrasenso. Mas o universo nem est� nem a� em ser sensato. Veja o hor�rio pol�tico.

4:08 AM




Chupeta
De que vale a bosta desse orgulho capenga, esfacelado?
Acho que j� posso jog�-lo no lix�o.
Veja minha sina.
Lutei durante anos por ele, e ele, por sua vez, s� me trouxe azar.
Quem sabe jogando esse filha da puta no lixo as coisas finalmente mudem.

Tem muitas tardes em que sinto enjoado de mim mesmo,
Se tudo enjoa um dia, imagine eu mesmo,
Que venho me acompanhando desde o dia em que nasci.

Ent�o tento de mim me esquecer.

�s vezes ainda penso, num instante de loucura, que existe um eu profundo. Profundo e maravilhoso, cheio de ouro e fantasias mil.
Quando imposs�vel de se acreditar nessa babaquice, conforto-me repetindo para mim mesmo que as melhores coisas n�o podem ser ditas.
Se � assim, o que tem mais valor do que seus olhos?

Lembro-me quando conversava com um certo amigo sobre o sono dos justos.
Faz tempo que n�o tenho um.
Como era bom aquele tempo em que o sono descansava.

Agora meu sono � s� pesadelo.
Acordo suado, com o cora��o entalado na goela.
Tenho muito medo,
Muito medo de dormir.
Quero uma chupeta.
Por favor.
Ou algo semelhante.

3:44 AM



Foi-se o ultimo cigarro. E com ele minha liberdade. Minha alegria.
Que a fuma�a de meu cigarro se dilua no ar e acaricie o pulm�o de minha amada.
N�s nos amamos e n�o cuspimos muito, pois sabemos que o cuspe pode, por descuido, cair no pr�prio prato.
E a�?
O que lhe restou?
Restou muita coisa e toda uma vida.
Mas sem cigarros, n�o � vida.
N�o. Sem meus cigarros n�o d�, n�o tem solu��o.
Sem eles, n�o sou ningu�m
Com eles, sou um fumante.
E muito mais que um fumante.


3:33 AM



Nhinhinhi

Qualquer tipo de relacionamento muito nhinhinin me embrulha o est�mago.
Correr de m�ozinhas dadas sobre a relva fresca dando pequenos gritos virginais.
Chamar um ao outro por apelidinhos debilmente carinhosos.
"mor" e "benh�" "Rorro"
Coisas como perguntar se j� tomou verm�fogo antes do sexo anal.

Prefiro a morte a algum dia caducar e aderir a corrente do nhinhinhi.
Gosto mesmo do beijo apertado.
E de espremer seus seios sobre meu pulm�o cabeludo.
E enfiar o bigode sem perfume nem piedade.
Mas com amor em estado bruto.





n�o





n�o quero





naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaooooooooooooooooooooooooooo







Para de nhinhinhi
















3:28 AM





2:40 AM



Pecado Original

Pode-se pensar o pecado original a partir de seus efeitos.
Algo como uma id�ia que se permeia pela sociedade, gerando nos esp�rito humano efeitos sinistros.
Como � sabido, a moral se infiltra no c�rebro atrav�s dos cinco sentidos. E vai se acumulando at� que aos doze anos, j� est� estabelecida, com um certo grau de autonomia, uma esp�cie de n�cleo civilizat�rio. E essa moralidade, que � muito mais ampla do que se imagina, deve mais tarde ser dilu�da em �lcool, caso contr�rio o ind�viduo ser� um imbecil.

Devido a isso, atitudes ponderadas por bons valores s�o muito dif�ceis de serem realizadas em fun��o de uma certa imbecilidade do sistema l�mbico.
O efeito mais desastroso e in�til � a culpa. Auto-flagela��o deliberada.
N�o traz nada de proveitoso. S� uma criatura irracional e est�pida seria capaz de senti-la.
Martirazar-se a si pr�prio por uma cagada � querer sentir a dor em dobro. Coisa de masoquista.

2:00 AM



Est�mago ruim
Algum dia meu est�mago vai me matar. Funciona muito mal.
Se o corpo � simb�lico e se � que isso significa alguma coisa devo crer que minha alma tamb�m � ruim de digest�o.
Mas que besteira!

12:57 AM



O Alencar

O Alencar � um dos poucos caras que ganha de mim em termos de xulice.
Mas ele n�o tinha s� xulice.
Seu pensamento era muito cinest�sico.
Via por exemplo com muita nitidez os graus de fofura do ar. E assim calculava a velocidade do som.
Coisa dif�cil de entender.
Mas o que est� fazendo o nosso Alencar?
Chupando uma bocetinha?
Comendo a vizinha no tanque?
Cad� todo mundo?
Parece que s� sobrou eu,
aqui na cidade do tes�o.



12:54 AM



Ribeir�o, a cidade do tes�o

( Faz tempo que n�o rola uma orgia aqui em Ribeir�o, a cidade da orgia.)

N�o de outro modo.

Temos Magno, o puto
E, enquanto o tivermos,
Teremos brancos fluidos orgi�sticos desperdi�ados sobre a terra impura.
Portanto tr�s huopi huopi para Magno, o puto!

12:50 AM



Maldito

Maldito poder do desprezo que tinha aquele muito amigo meu.
Sempre descanbava para o desprezo.
Desprezava muito e com for�a.
Em dois segundos j� ca�a para o desprezo.
E despreza ora isto ora aquilo.
Despreza v�rios pequenos objetos.
E assim, por onde ia, ia desprezando.

Com onze anos fui crist�o de ir na missa.
Rezava e conversava com Deus.
E confessava os meus pecados.
Agora deixei de pecar.
T� tudo valendo.




12:47 AM



A bonan�a.

Depois de escrever a est�ria do velho chupador de bucetas, senti um certo enj�o e quis parar de escrever.
Mas n�o pude, ainda tinha muito para ser dito.
Tinha que dizer coisas sobre o ferrolho.
Pe�o sinceras desculpas a todos aqueles que sentiram a terr�vel dor do ferrolho.

Sou um animal.
Mas um animal racional.
Muito racional.
Percebo em pequenos gestos sinais de uma ocura interior.
Concordo. Quem tem olhos que veja.
Esse povo anda com as m�os fechadas
Quantas vezes j� n�o os surpreendi cheirando suas m�os?
Na maior parte mulheres.

A exposi��o da gengiva ao sorrir e a a configura��o da buceta da vaca lembra muito a da mulher quando de quatro.

Mulher de quatro � coisa chique!.
O quatro d� um ar abstrato que salva qualquer poss�vel imperfei��o.
Quatro pontos cardeais...quatro esta��es do ano...
e uma mulher de quatro.
De quatro no quarto, de quatro, de quatro...

Lamento muito n�o te pegar de jeito
E enfiar um quarto do universo no teu furo azul

Liga��o com o mais-que-aqui

Buda C�smico nos espia e chora por n�s
Buda C�smico rodopia e lan�a setas de amor por n�s,
Destruindo meteoros

Cantemos a Buda C�smico
Que nos salva todo dia.
Que nos protege.
E chora por nos.

Que importa que no in�cio havia o XuXu ou CHU Chu?

Chuxu est� l�.

Sempre estar� l�.

Separado de seu pr�prio nome. Caindo para todos os lados.

12:42 AM


terça-feira, setembro 03, 2002
O homem de lata est� batendo na minha porta. Ele quer dinheiro. Nem vem. S� tenho um ferrolho.

12:58 AM



Fui para o fundo do quintal e vi uma coisa que n�o era normal.
12:23 AM


segunda-feira, setembro 02, 2002
Cheio de v�rus est� este computador aqui de Plis. Agora vai ficar limpo. At� agora o antivirus encontrou uns 40 arquivos infectados. A sensa��o de destruir todos estes virus � boa. Um sentimento de limpeza.
11:58 PM



Perplexidade

Perplexo, caminhei at� porta. Quando abri, deparei-me com o diabo. Era o tinhoso em pessoa.Ele olhou nos meus olhos e me disse assim: " Vem c�, quero te mostrar uma coisa."

1:56 PM



Ego�sta
Algu�m que pensa mais em si mesmo do que em mim.
De Ambrose Bierce

3:08 AM



Aceitar-se a si mesmo ou Eu interior o caralho

Todo horror ao psicologismo. Todas as pequenas leis de como � a melhor forma de viver n�o passa de reformula��es vagabundas modelos morais que j� estavam prontos muito antes de Cristo nascer. Tem Di�genes, o C�o, que morava no barril, pregando que a higiene n�o traz felicidade. Tem Arist�teles ( que j� imitava) com aquele papo do caminho do meio, do equil�brio, da harmonia, pondera�ao e tal. E Cosimiro de Celafonte afirmando de barriga cheia que o bom mesmo � exagerar. E como se esquecer do moroto da Capad�cia, que bradava em pra�a p�blica coisas como "cada um, cada um" e " O que � bom para um � n�o � necessariamente bom para outro".

2:14 AM



A matem�tica � louca.

Pressup�e-se que seus objetos, de natureza racional, s�o atemporais. S�o verdades eternas. Dois mais dois igual a quatro sempre ser� verdadeiro e sempre foi.
Isso n�o � a mesma coisa que dizer que A=A? Uma tautologia vazia de significado? Como dois espelhos planos paralelos refletindo um ao outro num espa�o oco e vazio? N�o � um dobrar-se sobre si mesmo? E lamber o pr�prio cu?

1:41 AM



O velho s�bio

Um dia o Rei foi ao encontro do velho s�bio para pedir conselhos sobre o seu reino que n�o ia nada bem. Depois de tr�s dias o rei chegou � moradia do velho. O velho tinha longas barbas brancas que saiam do queixo e vivia uma vida simples, numa cabana de palha. Pouco havia nela. Um pequeno fogareiro que usava para se aquecer e cozinhar alguns legumes, um filtro e uma cama desgastada. O rei ficou horrorizado com a pobreza do local. O velho, percebendo o desconforto do Imperador, afiou a l�ngua e disse as seguintes palavras:

"Sei que veio at� aqui para pedir conselhos sobre seu reino.

Veja esta pequena cabana de palha. Ela � pobre mas � boa. � pobre mas tem um fogareiro, que me permite aquecer no inverno. Ela � pobre mas tem comida. Fa�a o mesma com seu reino. Administrar um reino n�o � mais dif�cil que administrar uma cabana.

Olhe com aten��o minha cabana. Ela � bela. Tem at� um quadrinho na parede que eu mesmo pintei."

O rei ent�o ficou pasmado com a sabedoria do velho e foi para seu castelo. Chegando l� mandou chamar a Rainha, que era uma mo�a bem bonita, com uma cinturinha delgada, um viol�o. O rei contou-lhe ent�o sobre a visita que fizera ao velho. No dia seguinte a princesa foi escondida para l� e disse assim para o velho:

"O imperador n�o me satisfaz sexualmente. N�o sei o que fa�o. J� chupei, lambi, rocei, e nada"

O velho ent�o olhou bem para ela e disse assim:

"T� vendo essa cabana de palha onde moro, ela � pobre, n�o tem muita coisa. Mas tem um fogareiro. O fogareiro possui um simbolismo transcendente por meio do qual for�as energ�ticas muito sutis atuam na alma do sujeito que dele est� pr�ximo. Deite nesta cama e eu te examinarei a luz do fogareiro".

A princesa ent�o abriu as pernas e sentiu o calor do fogareiro. O velho ficou examinando bem de perto. Ela at� podia sentir o resfolegar do velho. Como era gostosa, o velho come�ou a chupar. Era uma cena estranha. Duas bocas banguelas e cabeludas babando e se beijando. Da� a pricesa ficou de quatro e o velho come�ou a transar, colocando a m�o direita na nuca e a esquerda na altura do cox. Depois que ela gozou, o velho virou um pr�ncipe bonito e brocha, e ela voltou para o castelo, bambeando as pernas.

Tinha sido uma bruxa, ex-amante do velho, que lan�ara uma maldi��o nele, que o for�ava a escolher entre ser bonito e brocha, ou velho, podre e potente.

1:35 AM



A linda lua luminosa ficou do lado da janela iluminando a lama e lhama.
12:48 AM


domingo, setembro 01, 2002
Boca n�o disse palavra

Preparem os t�mpanos.
Vem a�:
Fud�ncio e as advinhas.

11:48 PM


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